AL-QEDA

 A AL-QEDA é uma organização fundamentalista islâmica internacional, constituída por células colaborativas e independentes que visariam, supostamente, a reduzir a influência não-islâmica sobre assuntos islâmicos.
São atribuídos à Al Qaeda diversos atentados a alvos civis ou militares na África, no Oriente Médio e na América do Norte, nomeadamente os ataques de 11 de setembro de 2001, em Nova Iorque e em Washington, aos quais o governo norte-americano respondeu lançando a Guerra ao Terror. Seu fundador, líder e principal colaborador seria Osama bin Laden. A estrutura organizacional da Al-Qaeda e a ausência de dados precisos sobre seu funcionamento são fatores que dificultam estimativas sobre o número de membros que a compõem e a natureza de sua capacidade bélica.
A existência de tal organização já foi questionada por alguns pesquisadores e documentários, e também por Bashar al-Assad, presidente da Síria,embora tais questionamentos não tenham sido adotados pelos grandes meios de comunicação e pela totalidade dos governos ocidentais.

 Visão geral

A Comissão Nacional sobre Ataques Terroristas nos Estados Unidos (Comissão 9/11) diz que a Al-Qaeda é responsável por um grande número de ataques violentos e de alto nível contra civis, alvos militares e instituições comerciais pelo mundo. O relatório da comissão atribuiu os ataques de 11 de Setembro de 2001 ao World Trade Center em Nova Iorque, ao Pentágono em Arlington e ao vôo 93 na Pensilvânia à Al-Qaeda.
Apesar do grupo alegadamente ter sido responsável direto pelos ataques, vários analistas, como Michael Scheuer, um ex-analista da CIA (Agência Central de Inteligência estadunidense) sobre terrorismo, acreditam que a Al-Qaeda evoluiu para um movimento … no qual a Jihad é auto-sustentável, os guerreiros islâmicos lutam contra a América com ou sem a aliança de bin Laden e da Al-Qaeda originária, e no qual o nome traz inspiração para novos ataques internacionais.
As origens do grupo podem ser traçadas a partir da invasão soviética ao Afeganistão, na qual vários não-afegãos, lutadores árabes se uniram ao movimento anti-russo formado pelos Estados Unidos e Paquistão. Osama bin Laden, membro de uma abastada e proeminente família árabe-saudita, liderou um grupo informal que se tornou uma grande agência de levantamento de fundos e recrutamento para a causa afegã. Esse grupo canalizou combatentes islâmicos para o conflito, distribuiu dinheiro e forneceu logística e recursos, para as forças de guerra e para os refugiados afegãos.
Depois da retirada soviética do Afeganistão em 1989, vários veteranos da guerra desejaram lutar novamente pelas causas islâmicas. A invasão e ocupação do Kuwait pelo Iraque em 1990 levou o governo estado-unidense à decidir enviar suas tropas em coligação para a Arábia Saudita, com o suposto intuito de expulsar as forças iraquianas daquele país. A Al-Qaeda era fortemente contra o regime de Saddam Hussein, Saddam era acusado pelos fundamentalistas muçulmanos de ter tornado o Iraque um Estado laico. Bin Laden ofereceu os serviços dos seus combatentes ao trono saudita, mas a presença de forças "infiéis" em território islâmico sagrado - era uma luta entre islâmicos - foi visto por bin Laden como um ato de traição. Então, decidiu opôr-se aos Estados Unidos e aos seus aliados. A Al-Qaeda considerou os Estados Unidos como opressivos contra os muçulmanos, citando o apoio estado-unidense à Israel nos conflitos entre palestinianos e israelitas, a presença militar estado-unidense em vários países islâmicos (particularmente Arábia Saudita) e posteriormente a invasão e ocupação do Iraque em 2003.
Osama bin Laden e Ayman al-Zawahiri são membros seniores do conselho da Al-Qaeda e considera-se que possuem contatos com algumas outras células da organização.

Organização e estrutura

Em comunicados formais, bin Laden tem preferido usar o termo Frente Internacional pelo Jihad contra os Judeus e Cruzados como nome para o grupo, em vez do termo mais famoso Al-qaeda.
Embora o uso do nome Al-Qaeda fosse anterior, só em 2001 foi formalmente usado enquanto denominação do grupo, quando o governo estado-unidense decidiu perseguir ou tornar pública a perseguição a bin Laden. Bin Laden em pessoa é provavelmente a melhor fonte para a origem do rótulo Al-Qaeda. Falando em 2001, ele citou: O nome 'Al-Qaeda' foi estabelecido há muito tempo atrás por conveniência. Abu Ebeida El-Banashiri liderou os campos de treino para os nossos mujahidin contra o terrorismo russo. Nós costumávamos chamar o campo de treino Al-Qaeda. E o nome ficou.
A inspiração filosófica da Al-Qaeda vem dos escritos de Sayyid Qutb, um pensador proveniente da Irmandade Muçulmana, cujos textos inspiraram a maioria dos principais movimentos militantes islâmicos hoje activos no Médio Oriente. O autor defende uma revolução islâmica armada para a sobreposição de todos os regimes não guiados pela lei islâmica, e reitera a expulsão de milícias e empresas ocidentais de todos os países muçulmanos.
De acordo com afirmações transmitidas pela Al-Qaeda na internet e em canais de televisão, as últimas metas da Al-Qaeda passam por restabelecer o Califado do mundo islâmico, e, para isso, trabalham com quaisquer grupos extremistas, organizações ou governos que lhes permitam atingir essa meta. Os fundamentos originais da Al-Qaeda originária são fortemente anti-sionistas. Em 1997, numa entrevista com Peter Arnett, Osama bin Laden cita a presença estado-unidense no Médio Oriente e o apoio israelita como as principais razões para as acções da sua organização.
A Al-Qaeda acredita que os governos ocidentais e, particularmente, o governo estado-unidense, agem contra os interesses dos muçulmanos. As suas faltas, segundo o grupo, incluem:
  • provisão de apoio económico e militar a regimes opressores dos muçulmanos (por exemplo, o suporte estado-unidense a Israel);
  • o veto da Organização das Nações Unidas em relação a sanções propostas contra Israel;
  • tentativas de influenciar os assuntos de governos e comunidades islâmicas;
  • suporte directo, através de armas ou empréstimos, a regimes árabes anti-islâmicos
  • presença de tropas em países islâmicos, especialmente na Arábia Saudita;
  • a invasão do Iraque em 2003 (independentemente de supostos confrontos entre Saddam e a Al-Qaeda).
Para além dos ataques de 11 de Setembro de 2001 ao World Trade Center em Nova Iorque e ao Pentágono em Washington, crê-se que a Al-Qaeda esteve envolvida nos seguintes ataques:
  • embaixada americana em Nairobi, Quénia, em 7 de agosto de 1998;
  • embaixada americana em Dar es Salaam, Tanzânia, também em 7 de agosto de 1998;
  • bombardeiro USS Cole, atracado no Iêmen, em 12 de outubro de 2000;
  • ataques ao metrô de Londres, em 7 de julho de 2005.
Pensa-se que o líder militar da Al-Qaeda era Khalid Shaikh Mohammed, até ter sido detido no Paquistão em 2003. O líder prévio tinha sido Mohammed Atef, morto num bombardeio americano no Afeganistão em finais de 2001.

 A cadeia de comando

Apesar da estrutura atual da Al-Qaeda ser desconhecida, as informações adquiridas principalmente do desertor Jamal al-Fadl deram às autoridades americanas um esboço cru de como o grupo estava organizado. Enquanto a veracidade das informações fornecidas por al-Fadl e a motivação para esta cooperação sejam controversas, as autoridades americanas baseiam muito de seu conhecimento atual sobre a Al-Qaeda em seu testemunho.
Bin Laden foi o emir da Al-Qaeda (apesar de originalmente este papel ter sido de Abu Ayoub al-Iraqi), eleito por um conselho shura, que consiste em membros seniores da Al-Qaeda, que oficiais ocidentais estimam ser cerca de 20 a 30 pessoas. Após sua morte, em maio de 2011, depois de um ataque de comandos dos SEALS norte-americanos à sua mansão na cidade de Abbottabad, no Paquistão, no dia 16 de junho de 2011, em comunicado transmitido por vários sites jihadistas do mundo árabe na Internet, a organização informou que o médico e braço-direito de bin-Laden, Ayman al-Zawahiri, passou a ser o novo líder da organização terrorista, como uma maneira de "honrar o legado de bin-Laden".[4]
  • O Comitê Militar é responsável pelo treinamento, aquisição de armas e planos de ataque.
  • O Comitê de Negócios e Dinheiro gerencia as operações de negócios. O escritório de viagens fornece passagens aéreas de passaportes falsos. O escritório de folha de pagamentos paga aos membros da Al-Qaeda e o escritório de gerenciamento toma conta de negócios no estrangeiro. De acordo com o Relatório da Comissão US 911, estima-se que a Al-Qaeda necessite de US$ 30.000.000 por ano para conduzir suas operações.
  • O Comitê Legislativo revê as leis Islâmicas e decide cursos de ação particulares conforme às leis.
  • O Comitê de Estudos Islâmicos/fatwah expede editos religiosos, tais como o editado em 1998, pedindo aos muçulmanos que matem americanos.
  • No final da década de 1990, havia um Comitê de Imprensa publicamente conhecido, que administrava o jornal Nashrat al Akhbar (Newscast) e que fazia as relações públicas da organização. Hoje, assume-se que as operações de mídia da organização são conduzidas por setores internos da mesma.

Revoltas políticas ou estruturas organizacionais terroristas: desconhecidas

Alguns especialistas em organizações dizem que a estrutura de rede da al Qaeda, opostamente a estrutura hierárquica organizacional é sua força primária. A estrutura descentralizada permite à al Qaeda ter uma base distribuída pelo mundo inteiro enquanto mantém um núcleo pequeno. Estima-se que 100.000 militantes islâmicos tenham recebido instruções nos campos de treinamento da al Qaeda desde sua intercepção, embora o grupo retenha somente um pequeno número de militantes sob ordens diretas. Estimativas raramente colocam sua mão-de-obra acima de 20.000 no mundo todo.
Para suas operações mais complexas (como os ataques aos Estados Unidos em 11 de setembro de 2011), acredita-se que todos os participantes, planejamento e financiamento tenham sido diretamente providos pelo núcleo da organização Al Qaeda. Mas, em muitos atentados ao redor do mundo onde parece haver uma conexão com a Al Qaeda, seu papel preciso tem sido menos fácil de se definir. Ao invés de conduzir essas operações da concepção até a entrega, a Al Qaeda, frequentemente, parece agir como uma rede de suporte internacional financeiro e logístico, canalizando o dinheiro obtido de uma rede de atividades de levantamento de fundos para financiar treinamento, capital e coordenação de grupos radicais locais. Em vários casos, é nesses grupos locais, somente frouxamente afiliados ao núcleo da Al Qaeda, que os ataques são realmente conduzidos.
As explosões de 2002 em Bali e as explosões subseqüentes no Hotel Marriott em Jacarta em 2003 dão alguma pista da metodologia de descentralizada da al Qaeda: os ataques mostraram uma coordenação e efetividade muito maiores do que deve, historicamente, ter sido esperado de redes regionais de terroristas. Mas investigações policiais e julgamentos posteriores mostraram que, enquanto se acreditava que a Al Qaeda ofereceu expertise e coordenação, muito do planejamento e do pessoal que conduziu os atentados veio de grupos islâmicos radicais locais.
Sabe-se que a Al Qaeda estabeleceu e estimulou novos grupos para ampliar os interesses de grupos radicais islâmicos em conflitos locais. Na verdade, o Talibã deve ser classificado nessa categoria: as raízes da organização estão nos estudantes radicais dos madraçais fundados por bin Laden nos campos de refugiados Afegãos na época da ocupação russa.

Tamanho da organização

A Al-Qaeda não tem uma estrutura clara e isto permite o debate sobre quantos membros compõem a organização, se são milhões espalhados por todo o globo ou se são até zero. De acordo com o documentário controverso da British Broadcasting Corporation, O Poder dos Pesadelos, a Al-Qaeda é tão fracamente unida que é difícil dizer se existe algo além de Osama bin Laden e de um pequeno grupo de íntimos associados. A falta de quaisquer números significativos de membros convictos da Al-Qaeda, apesar de um grande número de prisões sob a acusação de terrorismo, é citado no documentário como uma razão para se duvidar se uma entidade espalhada casa com a descrição da Al-Qaeda de alguma forma. Ainda, a extensão e a natureza da Al-Qaeda permanecem um tópico de discussão.
O próprio nome Al Qaeda não parece ter sido usado pelo próprio bin Laden para se referir a sua organização até depois dos ataques de 11 de setembro de 2001. Ataques anteriores atribuídos a bin Laden e a Al-Qaeda eram, naquele tempo, reivindicados por organizações sob uma variedade de nomes. Bin Laden mesmo, desde então, tem atribuído o nome Al-Qaeda à base MAK no Paquistão, desde os dias da guerra do Afeganistão. Daniel Benjamin, em A Era do Terror Sagrado, cita um incidente no começo da década de 1990 onde um documento intitulado A Fundação, em árabe Al-Qa'eda, foi encontrado com um associado de Ramzi Youssef.[5] Fawaz A. Gerges escreve que Apesar de, em 1987, o xeque Abdullah Azzam, o pai espiritual dos árabes Afegãos, ter plantado as sementes de uma organização trans-nacionalista chamada 'Al Qaeda al-Sulbah' (a Fundação Sólida), a rede de bin Laden veio à luz muito depois, por volta da metade da década de 1990.[6]
Outros líderes atribuídos à Al-Qaeda incluem:

 História

 Jihad afegã

A Al-Qaeda teve seu embrião na Maktab al-Khadamat (MAK), uma organização formada por Mujahidin que lutavam para instalar um estado islâmico durante a Guerra Soviética do Afeganistão nos anos 1980. A organização foi inicialmente financiada pela CIA. Osama bin Laden foi um dos fundadores da MAK, juntamente com o militante palestino Abdullah Yusuf Azzam. O papel da MAK era angariar fundos de tantas fontes quanto possível (incluindo doações de todo o Oriente Médio), para treinar pessoas de todo o mundo para a guerra de guerrilha e para transportar os combatentes para o Afeganistão. A MAK foi custeada em sua maioria com doações de milionários islâmicos, mas também foi abertamente auxiliada pelos governos do Paquistão e Arábia Saudita, e indiretamente pelos Estados Unidos, que direcionou grande parte de seu apoio através do serviço de inteligência paquistanês ISI (sigla para Inter-Services Intelligence). Durante a segunda metade dos anos 1980 a MAK era um grupamento relativamente pequeno no Afeganistão, sem combatentes afiliados, apenas concentrando suas atividades no levantamento de fundos, logística, habitação, educação, auxílio a refugiados, recrutamento e financiamento de outros mujahidin.
Depois de uma longa e cara guerra que durou nove anos, a União Soviética retirou suas tropas do Afeganistão em 1989. O governo socialista afegão de Mohammed Najibullah foi rapidamente destituído em favor de partidários dos mujahidin. Com a falta de acordo dos mujahidin na escolha de uma estrutura governamental, sua anarquia sofreu as consequências de constantes mudanças no controle de territórios problemáticos, sucumbindo sob alianças insurgentes e discórdias entre líderes regionais.

 Ultrapassando os limites do Afeganistão

Perto do fim da Guerra Soviética do Afeganistão, alguns mujahidin quiseram expandir suas operações para incluir alguns esforços islâmicos em outras partes do mundo[ Algumas organizações sobrepostas e interralacionadas foram formadas para suportar estas aspirações.
Uma dessas organizações seria eventualmente chamada Al-Qaeda, fundada por Osama bin Laden em 1988. Bin Laden quis estender o conflito para operações não-militares em outras partes do mundo; Azzam, por outro lado, quis manter-se focado em campanhas militares[Após o assassinato de Azzan em 1989, a MAK dividiu-se, com um número significante de membros se juntando à organização do bin Laden.

Guerra do Golfo: o início da inimizade com os Estados Unidos

Seguindo a retirada soviética do Afeganistão, Osama bin Laden retorna para a Arábia Saudita. A invasão iraquiana no Kuwait em 1990 pôs em risco o comando da Casa de Saud pelos sauditas, tanto por dissidentes internos quanto pela iminente possibilidade de um futuro expansionismo iraquiano. Face à massiva presença militar iraquiana, os sauditas eram melhor armados, porém defasados em número. Bin Laden ofereceu os serviços de seus mujahidin ao Rei Fahd para proteger a Arábia Saudita do exército iraquiano. Mas do ponto de vista estratégico, fossem os iraquianos expulsos do Kuwait, a Arábia Saudita seria a única ligação terrestre possível para forças internacionais inibirem uma invasão iraquiana.
Depois de muita deliberação, o rei saudita recusou a oferta de bin Laden e optou por deixar os Estados Unidos e as tropas aliadas montarem acampamento em seu país. Bin Laden considerou a decisão um ultraje. Ele acreditava que a presença de estrangeiros na terra das duas mesquitas (Meca e Medina) profanaria solo sagrado. Depois de criticar publicamente o governo saudita por acolher o exército estadunidense, bin Laden foi exilado e teve sua cidadania saudita revogada. Logo depois, o movimento que viria a ser conhecido como Al-Qaeda foi formado.

Sudão

Em 1991, a Frente Nacional Islâmica do Sudão, um grupo islâmico que tinha ganhado poder recentemente, convidou a Al-Qaeda à deslocar suas operações para dentro de seu país. Por vários anos, a Al-Qaeda gerenciou vários negócios (incluindo negócios de importação/exportação, fazendas, e empresas de construção) no que pode ser considerado um período de consolidação financeira. O grupo foi responsável pela construção de uma grande auto-estrada de 1.200 km conectando a capital Cartum ao Porto do Sudão. Mas também gerenciou alguns campos onde aspirantes foram treinados ao uso de armas de fogos e explosivos.
Em 1996, Osama bin Laden foi convidado a se retirar do Sudão depois que os Estados Unidos impingiu um regime de extrema pressão para que ele sua expulsão, citando possíveis ligações dele com a tentativa de assassinato ao Presidente Hosni Mubarak do Egito enquanto sua carreata acontecia em Adis Abeba. Há uma controvérsia sobre se o Sudão ofereceu entregar bin Laden para os Estados Unidos antes de sua expulsão. O governo sudanense nunca fez realmente esta oferta, mas estava preparado para entregá-lo à Arábia Saudita, que se recusou a recebê-lo.
Osama bin Laden deixou finalmente o Sudão em uma operação bem planejada e executada, acompanhado por cerca de 200 de seus seguidores e suas famílias, que viajaram diretamente para Jalalabad, Afeganistão, no final de 1996.

Bósnia e Herzegovina

A separação da Bósnia da multicultural federação da Iugoslávia e a subseqüente declaração da independência da Bósnia e Herzegovina em outubro de 1991 abriu um novo conflito étnico e quase religioso no coração da Europa.
Na Bósnia e Herzegovina, havia várias etnias diferentes, com uma maioria nominal muçulmana, mas com números significantes de outras etnias, como a Sérvia, que é cristã ortodoxa e Croácia, que é católico romana, distribuídas pelo seu território. Ela se constituía em um grande porém fraco componente militar da antiga Iugoslávia, e a desintegração iugoslava acabou deixando alguns sérvios e croatas dentro da Bósnia, suportados pelos seus estados adjacentes emergentes, engajados em um conflito triplo contra a porção Bósnia dominada.
Veteranos árabes radicais da guerra contra os soviéticos no Afeganistão buscavam na Bósnia uma nova oportunidade de defender o Islã. Cercados em dois frontes e aparentemente abandonados pelo oeste, o regime bósnio ansiava aceitar qualquer ajuda que pudesse conseguir, militar ou financeiramente, incluindo a vinda de várias organizações islâmicas, sendo a Al-Qaeda uma delas.[9]
Vários associados a Osama bin Laden (mais notadamente, o saudita Khalid bin Udah bin Muhammad al-Harbi, vulgo Abu Sulaiman al-Makki) se juntaram ao conflito na Bósnia,[10] mas enquanto a Al-Qaeda deve ter inicialmente visto a Bósnia como uma possível ponte que lhe permitiria a radicalização dos europeus muçulmanos para operações contra outros estados europeus e os Estados Unidos, a Bósnia deve ter sido secularizada por gerações e seu interesse em lutar estava amplamente limitado a assegurar a sobrevivência do estado nascente.
O Mujahidin da Bósnia (que compreendia amplamente os veteranos árabes de guerra Afegã e não necessariamente os membros da Al-Qaeda) eram operados como uma ampla força autônoma dentro da Bósnia central. Enquanto sua bravura no combate inicialmente atraiu um pequeno número de bósnios nativos para que se juntassem a eles, sua brutalidade e o crescente número de atrocidades cometidas contra civis chocaram muitos bósnios nativos e repeliram novos recrutas. Ao mesmo tempo, suas tentativas vigorosas em islamizar a população local com regras sobre indumentária e comportamentos apropriados foram amplamente repudiadas e desconsideradas. Em seu livro O Jihad da Al-Qaida na Europa: a ligação Afeganistão-Bósnia, Evan Kohlmann resume: "Apesar dos esforços vigorosos para ‘islamizar’ a população muçulmana da Bósnia, os nativos não podiam ser convencidos de abandonar os porcos, o álcool e manifestações públicas de afeto. As mulheres Bósnias persistentemente se recusaram a usar o hijab ou seguir os outros mandamentos para o comportamento feminino, prescritos pelo extremo fundamentalismo islâmico."
A assinatura do Acordo de Washington, em março de 1994, pôs um fim ao conflito Bósnia-Croácia. Enquanto o Mujahidin da Bósnia continuou a lutar contra os sérvios, o Acordo de Paz de Dayton de novembro de 1995 acabou com aquele conflito e fez com que os lutadores estrangeiros debandassem e deixassem o país, ficando a ajuda condicionada a isto. Com o apoio do governo da Bósnia, forças da OTAN entraram efetivamente em ação para fechar suas bases e deportá-los. A um número limitado de antigos mujahidin, que tinham ou casado com nativas da Bósnia ou que não puderam achar um país para o qual pudesse ir, foi permitido ficar na Bósnia e eles foram agraciados com a cidadania bósnia. Mas com o fim da guerra na Bósnia, muitos veteranos comprometidos e endurecidos pela batalha já haviam retornado a territórios familiares.

 Retorno ao Afeganistão

Após a retirada soviética, o Afeganistão esteve efectivamente sem governo por sete anos, e sofreu com lutas internas constantes entre os antigos aliados, os vários grupos mujahidin e seus líderes.
Durante toda década de 1990, uma nova força começou a surgir. As origens do Talibã (literalmente "estudantes") está em crianças afegãs, muitas delas orfãs de guerra e muitas que haviam sido educadas na rede de escolas islâmicas que expandiu rapidamente (os madraçais) tanto em Kandahar quanto em campos de refugiados na fronteira entre Afeganistão e Paquistão.
De acordo com o livro bem referenciado de Ahmad Rashid, Talibã, cinco líderes do Talibã se formaram em um único madraçal, Darul Uloom Haqqania, Akora Khattak, perto de Peshawar que está situada no Paquistão, mas que era amplamente frequentada por refugiados afegãos. Esta instituição refletia a crença Salafi em seus ensinamentos e muito de seu financiamento veio de doações privadas de árabes ricos, para os quais bin Laden oferecia continuidade. Quatro outras figuras de liderança (incluindo o líder Talibã perseguido Mullah Mohammed Omar Mujahed) frequentaram um madraçal que possuía fundos similares e influenciaram o homólogo em Kandahar, Afeganistão.
Os laços entre os árabes afegãos e o Talibã eram profundos. Muitos dos mujahidin que mais tarde se juntaram ao Talibã lutaram ao lado do guerrilheiro afegão Mohammad Nabi no grupamento de Mohammadi Harkat i Inqilabi na mesma época da invasão russa. Este grupamento também se beneficiou da lealdade de muitos lutadores árabes afegãos.
Os conflitos internos contínuos entre as várias facções e o a falta de leis que se estabeleceu após a retirada soviética permitiram que o crescente e bem-disciplinado Talibã expandisse seu controle pelo território afegão, e assim eles estabeleceram um subterritório o qual chamaram Emirado Islâmico do Afeganistão. Em 1994, conquistaram o centro regional de Kandahar e conseguiram rápidos avanços territoriais logo após, vindo a conquistar a capital Cabul em setembro de 1996.
Após o Sudão deixar claro, naquele ano, que bin Laden e o seu grupo não era mais bem vindo, o Afeganistão controlado pelo Talibã (com conexões pré-estabelecidas entre os grupos, uma maneira similar de encarar as relações mundiais e amplamente isolado da influência política e militar dos Estados Unidos) garantia uma localização perfeita para o quartel general da al Qaeda.
Cerca de duzentos seguidores de bin Laden e suas famílias partiram de Khartoum para Jalalabad por volta de 1996. Logo em seguida a Al-Qaeda gozou da proteção do Talibã e uma certa legitimidade por parte de seu Ministério da Defesa, apesar de somente o Paquistão, a Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos reconheceram o Talibã como o legítimo governo do Afeganistão.
Os campos de treinamento da Al-Qaeda no Afeganistão e na fronteira com o Paquistão podem ter treinado militantes muçulmanos do mundo todo. Apesar da percepção de algumas pessoas, os membros da Al-Qaeda são etnicamente diversos e estão conectados pela sua versão radical do Islã.
Uma rede sempre crescente de apoiadores usufruia desta forma de um refúgio seguro no Afeganistão controlado pelo Talibã, até o grupo ter sido derrotado por uma combinação de forças locais e tropas norte-americanas em 2001. Ainda acredita-se que Osama bin Laden e outros líderes da Al-Qaeda estejam em áreas onde a população é simpatizante ao Talibã no Afeganistão, ou ainda em tribos na fronteira com o Paquistão.

 Início das operações militares contra civis

Em 23 de fevereiro de 1998, Osama bin Laden e Ayman al-Zawahiri do Jihad Islâmico do Egito instituíram a fatwa sobre a bandeira da Frente Islâmica Mundial pela Jihad contra os judeus e os crusados dizendo que "matar americanos e seus aliados, civis e militares é um dever individual de todos muçulmano capaz de fazê-lo." Apesar de nenhum dos dois possuírem credenciais islâmicas, educação ou estatura para instituírem uma fatwa de qualquer tipo, isto parece ter sido desconsiderado no entusiasmo do momento. Este também foi o ano do primeiro ataque de grande porte atribuído à Al-Qaeda, o bombardeio à Embaixada dos Estados Unidos em 1998 na África do Leste, resultando em um total de trezentos mortos. Em 1999, o Jihad Islâmico do Egito uniu-se oficialmente à Al-Qaeda, e al-Zawahiri se tornou um confidente íntimo de bin Laden.

Ataques de 11 de setembro

Após os ataques de 11 de setembro atribuídos por autoridades à Al-Qaeda, os Estados Unidos começaram a constituir forças militares e a se preparar para atacar o Afeganistão (cujo governo protegia a organização de bin Laden) como resposta. Nas semanas que precederam a invasão dos norte-americanos, o Talibã ofereceu por duas vezes entregar bin Laden para um país neutro para que fosse julgado, com a condição que os Estados Unidos provassem a culpa de bin Laden nos ataques. Os Estados Unidos, entretanto, se recusaram e logo depois invadiram o Afeganistão, e, junto com a Aliança Afegã do Norte, depuseram o governo Talibã.
Como resultado desta invasão, os campos de treinamento do Talibã foram destruídos e muito da estrutura de operação atribuída à Al-Qaeda foi desmantelada, apesar da forte resistência que permaneceu no país e do fato de seus líderes principais, incluíndo bin Laden, não terem sido capturados. O governo norte-americano agora afirma que dois terços dos principais líderes de toda Al-Qaeda de 2001 estão sob sua custódia (incluindo Ramzi bin al-Shibh, Khalid Sheikh Mohammed, Abu Zubaydah, Saif al Islam el Masry, e Abd al-Rahim al-Nashiri) ou mortos (incluindo Mohammed Atef), apesar de alertar que a organização ainda existe e batalhas entre as forças dos Estados Unidos e o Talibã ainda continuam.

Suposta Ligação com Jovem no Brasil

Em 7 de abril de 2011, um jovem brasileiro chamado Wellington Menezes de Oliveira, fez um atentado a Escola Municipal Tasso da Silveira, localizada no bairro de Realengo, na cidade do Rio de Janeiro. Wellington Menezes de Oliveira, de 23 anos, invadiu a escola armado com dois revólveres e começou a disparar aleatoriamente contra os alunos presentes, chegando a matar doze, todos menores de idade. Oliveira tentou fugir, mas foi interceptado por policiais, cometendo suicídio. Segundo cartas do atirador, ele teria uma suposta ligação com membros da Al-Qaeda, com os nomes de Abdul e Phillip[11][12][13], uma carta de Wellington cita várias referências deixada pelo Terrorista Mohammed Atta, terrorista do 11 de setembro de 2001

Atividade no Iraque

Osama bin Laden primeiro se interessou pelo Iraque quando este país invadiu o Kuwait em 1990 (o que levantou preocupações sobre o secular governo socialista iraquiano incluir em seu alvo a Arábia Saudita, pátria de bin Laden e do próprio Islã). Em uma carta enviada ao Rei Fahd da Arábia Saudita, bin Laden ofereceu mandar um exército de mujahidin para defender a Arábia Saudita.[15]Durante a Guerra do Golfo, os interesses da organização se dividiram entre a rebeldia contra a intervenção das Nações Unidas na região e o ódio ao governo secular de Saddam Hussein, expressões de preocupação pelo sofrimento pelo qual o povo islâmico no Iraque vinha passando.
Bin Laden se referia à Saddam Hussein (e aos Baatistas) como o mal, um adorador do demônio ou capeta, em seus discursos e gravou e escreveu pronunciamentos, pedindo ao povo do Iraque que o depusesse.
Durante a invasão do Iraque de 2003, a Al-Qaeda teve um interesse formal maior na região e dizem que foi a responsável por organizar e ajudar ativamente a resistência local nas forças de coalizão de ocupação e a democracia emergente. Durante as eleições iraquianas em janeiro de 2005 a Al-Qaeda se responsabilizou por nove ataques suicidas em Bagdá, capital daquele país.
Abu Musab al-Zarqawi, fundador da Jama'at al-Tawhid wal-Jihad e suposto aliado da Al-Qaeda, se juntou formalmente à Al-Qaeda em 17 de outubro de 2004. A organização começou a adotar o nome de "Al-Qaeda na Terra entre os dois Rios: Iraque", ao invés do antigo nome Jama'at al-Tawhid wal-Jihad. Na fusão al-Zarqawi declarou lealdade à Osama bin Laden.

Papéis do Harmonia

Documentos resgatados da Al-Qaeda tornaram-se públicos recentemente, saindo do banco de dados Harmony e viraram assunto de um estudo publicado pelo Ponto Oeste intitulado Harmonia e Desarmonia: Explorando as Vulnerabilidades Organizacionais da Al-Qaeda. (ver link nas ligações externas). Estes papéis dão uma visão interessante da história do movimento, sua organização estrutural, as tensões entre os líderes e as lições aprendidas.
Um escritor da Al-Qaeda concluiu que uma das lições aprendidas é como a influência do pensamento secular Baatista distorce a mensagem do Jihad. Ele aconselha o movimento a não permitir que a mensagem do Jihad seja influenciada pela mensagem Baati iraquiana. (ver página 79 do documento citado acima).

Atividades do grupo

 Incidentes atribuidos à Al-Qaeda

Nota: A Al-Qaeda não se responsabiliza pela maioria das ações descritas abaixo, o que resulta em ambigüidade sobre quantos atentados o grupo realmente cometeu. Após a declaração dos Estados Unidos da Guerra contra o Terrorismo em 2001, o governo norte-americano tem lutado para enfatizar qualquer conexão entre outros grupos terroristas à Al-Qaeda. Alguns preferem chamar as ações de "Al-Qaedistas", ou seja, que não devem ter sido diretamente planejadas pela Al-Qaeda como um quartel militar, mas que foram inspiradas pelos seus pilares e suas estratégias.

Mapa dos ataques mundiais atribuídos à Al-Qaeda.
O primeiro atentado militante que a Al-Qaeda alegadamente realizou, consistiu-se de três bombas em hotéis onde tropas americanas estavam hospedadas em Aden, Yemen, em 29 de dezembro de 1992. Dois turistas, um do Yemen e outro da Áustria morreram neste atentado.
Há protestos aclamados de que as operações da Al-Qaeda foram responsáveis pelo abatimento de um helicóptero norte-americano e na morte de norte-americanos em serviço na Somália em 1993. (ver Batalha de Mogadishu).
Ramzi Yousef, que estava envolvido no atentado de 1993 ao World Trade Center (apesar de provavelmente não ser um membro da Al-Qaeda naquela época) e Khalid Sheik Mohammed planejaram a Operação Bojinka, que visava destruir aeronaves em vôo no meio do Oceano Pacífico usando explosivos. Um incêndio em um apartamento em Manila, Filipinas revelou o plano antes que ele pudesse ser implementado. Youssef foi preso, mas Mohammed escapou à captura até 2003.
A Al-Qaeda é frequentemente citada como suspeita de haver cometido dois atentados na Arábia Saudita em 1995 e 1996: as bombas colocadas em acampamentos norte-americanos em Riad em Novembro de 1995, que mataram duas pessoas da Índia e cinco norte-americanos, e outro em junho de 1996 atentado às Torres Khobar, que mataram pessoal militar americano em Dhahran, Arábia Saudita. Entretanto, estes atentados são também frequentemente atribuídos ao Hizbullah.
Acredita-se que a Al-Qaeda conduziu o Atentado à Embaixadas Norte Americanas de 1998 em agosto de 1998 em Nairobi, Quênia, e em Dar es Salaam, Tanzânia, matando mais de duzentas pessoas e ferindo mais de cinco mil outras.
Entre dezembro de 1999 até 2000, a Al-Qaeda fez os Planos de Atentados do Milênio 2000 contra os Estados Unidos e turistas israelenses que visitavam a Jordânia para as comemorações do milênio; entretanto, as autoridades jordanianas impediram os atentados planejados e levaram 28 suspeitos à julgamento. Parte desta trama incluiu bombas planejadas ao Aeroporto Internacional de Los Angeles. Estes planos fracassaram quando o homem-bomba Ahmed Ressam foi pego na fronteira dos Estados Unidos com o Canadá com explosivos no porta-mala de seu carro. A Al-Qaeda também planejou atacar os USS Sullivans (DDG-68) em 31 de janeiro de 2000, mas os esforços não foram bem sucedidos devido ao peso excessivo que, colocado no pequeno barco, iria bombardear o navio.
Apesar do revés com o USS Sullivans, a Al-Qaeda teve sucesso em explodir uma esquadra americana em outubro de 2000 com o bombardeiro USS Cole. A polícia alemã frustrou o esquema de destruir a Catedral de Notre-Dame de Strasbourg em Strasbourg, França, em dezembro de 2000. (ver A trama para explodir a Catedral de Strasbourg).
O ato mais destrutivo atribuído à Al-Qaeda foi uma série de atentados aos Estados Unidos, os ataques de 11 de Setembro de 2001.
Vários atentados e tentativas de atentados desde 11 de setembro de 2001 foram atribuídos à Al-Qaeda. O primeiro foi o esquema para atacar a Embaixada de Paris, que foi descoberto. O segundo diz respeito a uma tentativa de atentado de um homem com um calçado bomba, Richard Reid, que se auto proclamou um seguidor de Osama bin Laden e quase destruiu o vôo 63 da American Airlines.
Outros atentados atribuídos à Al-Qaeda e seus afiliados incluem:
A Al-Qaeda tem ligações fortes com várias outras organizações militantes, incluindo o grupo extremista indonésio Jemaah Islamiyah. Este grupo foi o responsável pelo atentado de Bali em outubro de 2002 e aos atentados de 2005 em Bali.
Apesar de não haver atentados identificados da Al-Qaeda dentro do território dos Estados Unidos desde os atentados de 11 de setembro de 2001, vários atentados da Al-Qaeda no Oriente Médio, Extremo Oriente, África e Europa causaram casualidades e tumultos extensivos. Na conclusão de vários atentados a trens urbanos de Madrid em 11 de março de 2004, um jornal de Londres relatou ter recebido um e-mail de um grupo afiliado à Al-Qaeda, assumindo a responsabilidade e um vídeo assumindo a responsabilidade também foi achado. O senso de oportunidade dos atentados com as eleições espanholas, e também a falta de provas da real identidade dos criminosos levou à dúvidas a respeito da teoria da Al-Qaeda por trás destes atentados.
Também se acredita que a Al-Qaeda esteja envolvida nas explosões de 7 de julho de 2005 em Londres, uma série de atentados no trânsito urbano em Londres que mataram 56 pessoas (ver Mohammad Sidique Khan). Um grupo previamente desconhecido denominado "A Organização Secreta da Al-Qaeda na Europa" fez uma declaração se responsabilizando. Entretanto, a autenticidade desta declaração e a ligação do grupo com a Al-Qaeda não foi identificada de maneira independente. Os suspeitos criminosos não estão definitivamente ligados à Al-Qaeda, apesar do conteúdo de um vídeo feito por um dos homens bomba Mohammad Sidique Khan antes de sua morte e em seguida enviado à Al Jazeera que dão fortes credenciais à conexão com a Al-Qaeda. Um grupo aparentemente desconecto conseguiu refazer este atentado mais tarde naquele mês, mas suas bombas falharam em detonar.
Suspeita-se que a Al-Qaeda esteja envolvida com os atentados de Sharm el-Sheikh em 2005 no Egito. Em 23 de julho de 2005, uma série de carros bombas mataram cerca de 90 pessoas e feriram mais de 150. O atentado foi a ação terrorista mais violenta na história do Egito.
Suspeita-se também que a Al-Qaeda seja responsável pelos três atentados simultâneos em 9 de novembro de 2005 em Amman, Jordânia que ocorreram em hotéis norte-americanos. As explosões mataram pelo menos 57 e feriram 120 pessoas. A maioria dos feridos e mortos estavam em uma festa de casamento no Hotel Radisson.

 Atividades na Internet

No início de sua retirada do Afeganistão, a Al-Qaeda e seus sucessores devem ter migrado em fila para escapar da detenção em uma atmosfera de vigilância internacional crescente. Como resultado, o uso da Internet pela organização ficou mais sofisticado, abrangendo financiamento, recrutamento, contatos, mobilização, publicidade, tanto quanto disseminação da informação, união e compartilhamento. Mais que qualquer outra organização terrorista, a Al-Qaeda elegeu a Web para estes propósitos. Por exemplo, Abu Musab al-Zarqawi do movimento da Al-Qaeda no Iraque regularmente solta vídeos curtos glorificando as atividades dos homens bomba suicidas do jihadist. A crescente variedade de conteúdos multimédia inclui clipes de treinamento terrorista, fotografias de vítimas que logo serão assassinadas, testemunhos de homens bomba suicidas e vídeos épicos com altos valores de produção que romanceiam a participação no jihad através de retratos estilizados de mesquitas e emocionantes partituras musicais. Uma página da internet associada à Al-Qaeda, por exemplo, mostrava um vídeo de um homem chamado Nick Berg sendo decapitado no Iraque. Outros vídeos e fotos de decapitação, incluindo aqueles do sequestro de Paul Johnson, Kim Sun-il, e Daniel Pearl, foram colocados primeiro em páginas jihadist.
Com o surgimento dos terroristas "com raízes locais e inspirados globalmente", especialistas em contra-terrorismo estão sempre estudando como a Al-Qaeda está usando a Internet – através de websites, salas de discussão, fóruns de discussão, mensagens instantâneas, e tudo mais – para inspirar uma rede mundial de apoio. Os homens bomba de 7 de julho de 2005, alguns dos quais estavam bem integrados em suas comunidades locais, são um exemplo de terroristas "globalmente inspirados" e eles usaram noticiadamente a Internet para planejar e coordenar, mas o papel preciso da Internet no processo de radicalização não é completamente compreendido. Um grupo chamado a Organização Secreta da Al-Qaeda na Europa reivindicou a responsabilidade destes atentados Londrinos em uma página militante islamista – outro uso popular da Internet por terroristas buscando publicidade.
A oportunidade de publicidade oferecida pela Internet tem sido particularmente explorada pela Al-Qaeda. Em dezembro de 2004, por exemplo, bin Laden lançou uma mensagem de áudio diretamente em uma página, ao invés de mandar uma cópia para a al Jazeera como ele havia feito no passado. Alguns analistas especularam que ele fez isto para ter certeza que o vídeo estaria disponível sem edição, sem medo que sua crítica da Arábia Saudita — que era muito mais veemente que o usual em seu discurso, pois durou mais de uma hora — pudesse ser editada pelos editores da al Jazeera preocupados em ofender os emotiva família real Saudita.
No passado, a Alneda.com e a Jehad.net eram talvez os sites mais significantes da Al-Qaeda websites. Alneda foi inicialmente desmontada por americanos, mas os operadores resistiram mudando o site para vários servidores e mudando estrategicamente seu conteúdo. Os EUA estão atualmente tentando extraditar um especialista em IT, Babar Ahmad, do Reino Unido, que é o criador de vários websites de língua inglesa da Al-Qaeda tais como Azzam.com.[Várias organizações muçulmanas inglesas, tais como a Associação Muçulmana da Bretanha, se opõem à extradição de Ahmad's.
Finalmente, em uma apresentação para analistas de terrorismo dos EUA em meados de 2005, Dennis Pluchinsky chamou o movimento jihadist de "Web-direcionado," e o ex diretor da CIA, John E. McLaughlin também disse que ele é agora primariamente direcionado pela "ideologia e pela Internet."

Atividades financeiras

As atividades financeiras da Al-Qaeda tem sido a maior preocupação do governo dos EUA após os atentados de 11 de setembro de 2001, que levaram por exemplo à descoberta da evasão de taxas do ex ditador Chileno Augusto Pinochet, pela qual sua esposa Lucía Hiriart de Pinochet, foi presa em janeiro de 2006. Também, foi descoberto pelo repórter investigativo Denis Robert que fundos de Osama bin Laden no Banco Internacional do Bahrain transitaram através de contas ilegais e não publicadas de "casa limpa" Clearstream, que foram qualificadas como um "banco dos bancos".

PRIORADO DE SIÃO

Priorado de Sião foi uma sociedade que não foi tão secreta assim foi fundada em Jerusalém no mesmo ano em que não aconteceu porra nenhuma de interessante no mundo, a sociedade foi fundada com a desculpa de proteger um segredo em torno do SANTO PAAAU.

 História

Um dia típico de reunião do Priorado de Sião
O Priorado de Sião foi formado com intuito de organizar orgias entre casais por volta do ano de 1099 em Jerusalém, capital mundial da orgia da época. não era proibido a troca de casais na época, o senhor Pierre Plantard, viadaço da época, teve a brilhante ideia em formar a sociedade usando como tema da sociedade um segredo em torno do SANTO PAAU .No começo eram selecionadas somente pessoas de confiança, mas que fossem completamente descabaçadas, com o tempo foi se alastrando,alguns papas chegaram a perder o cabaço nessa sociedade não tão secreta, como o famoso papa Papa João XXIII conhecido como o "papa doador de cu" foi um dos famosos priores da sociedade. Na modernidade membros importantes fizeram parte do Priorado como Ney Matogrosso, Clóvis Bornay, Clodovil, Vera Verão, Leão Lobo, Mama Bruscheta dentre outros. Criando assim a facção gay do Priorado, querendo estes até mudar o nome da sociedade para "PRIORADO DE SIDÃO" porque queriam dar a todo momento.

 10 regras da sociedade

Para participar da sociedade os candidatos eram obrigados a cumprir regras.
  1. Regra não falar da sociedade
  2. Regra não falar da sociedade
  3. Regra não falar da sociedade
  4. Regra não falar da sociedade
  5. Regra não falar da sociedade
  6. Regra não falar da sociedade
  7. Regra não falar da sociedade
  8. Regra não falar da sociedade
  9. Regra não falar da sociedade
  10. Regra não falar da sociedade
PROVÁVEIS GRÃOS -MESTRES DA SEITA NAS LISTAS PUBLICADAS POR PLANTARD.1ªLISTA:
  1. Jean de Gisors (1188–1220)
  2. Marie de Saint-Clair (1220–1266)
  3. Guillaume de Gisors (1266–1307)
  4. Edouard de Bar (1307–1336)
  5. Jeanne de Bar (1336–1351)
  6. Jean de Saint-Clair (1351–1366)
  7. Blanche d'Evreux (1366–1398)
  8. Nicolas Flamel (1398–1418)
  9. Renato d'Anjou (1418–1480)
  10. Iolande de Bar(1480–1483)
  11. Sandro Botticelli (1483–1510)
  12. Leonardo da Vinci (1510–1519)
  13. Charles III, Duque de Bourbon (1519–1527)
  14. Ferdinando Gonzaga (1527–1575)
  15. Louis de Nevers (1575–1595)
  16. Robert Fludd (1595–1637)
  17. Johann Valentin Andrea (1637–1654)
  18. Robert Boyle (1654–1691)
  19. Sir Isaac Newton (1691–1727)
  20. Charles Radclyffe (1727–1746)
  21. Príncipe Charles de Lorraine (1746–1780)
  22. Arqueduque Maximilian Franz de Aústria (1780–1801)
  23. Charles Nodier (1801–1844)
  24. Victor Hugo (1844–1885)
  25. Claude Debussy (1885–1918)
  26. Jean Cocteau (1918–1963)
2ªLISTA:
  1. Jean-Tim Negri d'Albes (1681–1703)
  2. François d'Hautpoul (1703–1726)
  3. André Hercule de Fleury (1726–1766)
  4. Príncipe Charles de Lorraine (1766–1780)
  5. Arqueduque Maximilian Franz de Aústria (1780–1801)
  6. Charles Nodier (1801–1844)
  7. Victor Hugo (1844–1885)
  8. Claude Debussy (1885–1918)
  9. Jean Cocteau (1918–1963)
  10. François Balphangon (1963–1969)
  11. John Drick (1969–1981)
  12. Pierre Plantard (1981)
  13. Philippe de Chérisey (1984–1985)
  14. Roger-Patrice Pelat (1985–1989)
  15. Pierre Plantard (1989)
  16. Thomas Plantard de Saint-Clair (1989)
  17. Nicolas Haywood (2005)

PENTAGONO DESTRÓI LIVROS

   O Pentágono comprou, para destruir, 9,5 mil exemplares da primeira tiragem das memórias escritas por um oficial aposentado,  o tenente-coronel Anthony Shaffer que, para autoridades do órgão, continham segredos de Estado.
A CNN disse ter obtido a confirmação do Departamento de Defesa de que as cópias do livro Operation Dark Heart (Operação Coração Negro, em tradução livre),  tinham sido destruídas em 20 de setembro.
"O Departamento de Defesa decidiu comprar as cópias da primeira tiragem porque continham informação que teria posto em perigo a segurança nacional", disse à cadeia CNN a porta-voz do Pentágono, April Cunningham.
Em declarações à cadeia, o autor do livro mostrou-se contrário à decisão do Pentágono, da qual foi comunicado na última sexta-feira. "Tudo isso goteja vingança. É ridículo que, em plena era digital, alguém compre 10 mil livros para silenciar uma história", afirmou.
A publicação
O livro conta as lembranças de Shaffer como responsável pelas operações secretas realizadas no Afeganistão durante a gestão do último presidente dos Estados Unidos, George W. Bush. Na publicação, Shaffer diz que o grande erro do governo Bush foi não entender a cultura e a sociedade afegãs.
A editora do livro, St. Martin's Press, já está preparando a segunda tiragem das memórias do oficial, que terá algumas mudanças solicitadas pelo governo sob a alegação de que parte dos escritos de Shaffer é baseada em material restritivo.
O manuscrito conteria atividades secretas desenvolvidas pela CIA, pela Agência de Segurança Nacional e pelo Comando Americano de Operações Especiais. O advogado de Shaffer, Mark Zaid, no entanto, indicou que, antes de sua publicação, o livro foi revisado pelos superiores do autor, que deram autorização para tal.

DOCUMENTO SOBRE A MAÇONARIA-INICIAÇÃO

                                                                                                                                                                                                   O O profano (iniciante) aproxima-se lentamente com os olhos vendados. Ao entrar na loja, o irmão “experto” toca-lhe o peito com a ponta de uma espada. Então, segue o seguinte interrogatório.

O Venerável pergunta: – Vês alguma coisa, senhor?

A resposta do profano é imediata:
– Não, senhor.

O Venerável prossegue:
– Sentes alguma impressão?

Profano:
– O contato de um objeto aguçado sobre o peito.

Venerável:
– A arma cuja ponta sentes simboliza o remorso que há de perseguir-vos se fordes traidor à associação a que desejais pertencer. O estado de cegueira em que vos achais é o símbolo do mortal que não conhece a estrada da virtude que ides principiar a percorrer. O que quereis de nós, senhor?

Profano:
– Ser recebido maçom.

Venerável:
– E esse desejo é filho de vosso coração, sem nenhum constrangimento ou sugestão?

Profano:
– Sim, senhor.

Venerável:
– Previno-vos, senhor, que a nossa ordem exigirá de vós um compromisso solene e terrível... Se vos tornardes maçom, encontrareis em nossos símbolos a terrível realidade do dever.

Depois de submetido a muitas indagações, o profano é conduzido ao altar dos juramentos e ajoelha-se com o joelho esquerdo, pondo a mão direita sobre a constituição e a Bíblia, que devem ter em cima a espada. À mão esquerda, o profano segura o compasso, apoiando-o no lado esquerdo do peito. Daí, todos se levantam e ouvem o seguinte juramento:

“Eu, (nome), juro e prometo, de minha livre e espontânea vontade, pela minha honra e pala minha fé, em presença do Supremo Arquiteto do Universo, que é Deus perante esta assembléia de maçons, solene e sinceramente, nunca revelar quaisquer dos mistérios que sempre ocultarei e nunca revelarei qualquer uma das artes secretas, partes ou pontos dos mistérios ocultos da maçonaria que me vão ser confiados, senão a um bom e legítimo irmão ou em loja regularmente constituída, nunca os escrever, gravar, traçar, imprimir ou empregar outros meios pelos quais possa divulgá-los. Juro também ajudar e defender meus irmãos em tudo o que puder e for necessário, e reconhecer como Potência Maçônica regular e legal no Brasil o Grande Oriente do Brasil, ao qual prestarei obediência. Se violar este juramento, seja-me arrancada a língua, o pescoço cortado, e meu corpo enterrado nas areias do mar, onde o fluxo e o refluxo das ondas me mergulhem em perpétuo esquecimento, sendo declarado sacrílego para com Deus, e desonrado para com todos os homens. Amém”.

Em seguida, o neófito é conduzido para uma sala contígua ao templo, onde já se encontram colocadas duas urnas com espírito de vinho aceso. Deitado no chão, sobre um pano preto, deve estar um irmão (maçon), como se estivesse morto, amortalhado com a capa do 1º Experto. Todos os irmãos estarão de pé, sem insígnias, e armados de espada que apontam o neófito. Este é então desvendado pelo Venerável e encontra-se subitamente num ambiente lúgubre, com inúmeras espadas voltadas para ele. E ouve as graves admoestações do Venerável:

“Este clarão pálido e lúgubre é o emblema do fogo sombrio que há de alumiar a vingança que preparamos aos covardes que perjuram. Essas espadas, contra vós dirigidas, estão nas mãos de inimigos irrecon-ciliáveis, prontos a embainhá-las no vosso peito se fordes tão infeliz que violeis vosso juramento”.1

Como bem se expressa o Dr. Boaventura Kloppenburg, temos de ponderar que não estamos lendo alguma peça teatral, nem um documento antigo de sombrias épocas de sangue e vingança, mas o ritual prescrito para iniciação no primeiro grau da maçonaria.

Daí a pergunta que não quer calar: “Pode o cristão submeter-se a um ritual e juramento imbuídos de aspectos explicitamente condenáveis pela Palavra de Deus? Como imaginar até mesmo um pastor diante desse sacramento de iniciação maçônico? Como congregar, sob o mesmo teto, evangélicos, espíritas, muçulmanos, umbandistas, católicos, budistas, entre outros grupos religiosos, em nome de uma entidade divina conhecida pelo título de ‘Grande Arquiteto do Universo’? Será que tais pessoas estão de fato adorando o Deus de Abraão, Isaque e Jacó? Ou seja, o Deus da Bíblia?”.

Dá para imaginar, por exemplo, um cristão indo a um templo hindu para participar de uma cerimônia? Tal cristão poderia presumir que, seguindo os rituais hindus, estaria adorando a Jesus, ainda que participando de uma oração grupal a Vishnu?

Suponhamos, ainda, que os hindus concordem em mudar o nome Vishnu para Grande Arquiteto do Universo. Ainda que façam isso, certos elementos dos rituais da adoração pagã, como, por exemplo, andar ou dançar em círculos, hão de permanecer. Com a substituição do nome “divino”, seria então aceitável ao cristão participar de uma cerimônia de adoração hindu? E se porventura os hindus permitissem ao cristão participar da liturgia, dos rituais e fazer as orações hindus em nome de Jesus, tal adoração tornar-se-ia cristã?

Escrevendo aos irmãos de Corinto, o apóstolo Paulo disse o seguinte:

“Antes digo que as coisas que os gentios sacrificam, as sacrificam aos demônios, e não a Deus. E não quero que sejais participantes com os demônios. Não podeis beber o cálice do Senhor e o cálice dos demônios; não podeis ser participantes da mesa do Senhor e da mesa dos demônios. Ou irritaremos o Senhor? Somos nós mais fortes do que ele?” (1Co 10.20-22).

“Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis. Pois que sociedade tem a justiça com a injustiça? E que comunhão tem a luz com as trevas? E que consenso há entre Cristo e Belial? Ou que parte tem o fiel com o infiel? E que consenso tem o templo de Deus com os ídolos? Pois vós sois o santuário do Deus vivente, como Deus disse: Neles habitarei, e entre eles andarei; e eu serei o seu Deus e eles serão o meu povo. Pelo que saí do meio deles, e apartai-vos, diz o Senhor. Não toqueis nada imundo, e eu vos receberei” (2Co 6.14-17).

Para abonar essa contestação, devemos antes conhecer alguns segredos dessa entidade tão secreta. Primeiramente, analisaremos vários trechos de livros e manuais da maçonaria, embora muitas obras de sua autoria ainda permaneçam na obscuridade para os de fora. Como referência, tomaremos os livros atuais (nacionais e internacionais), escritos por maçons do mais alto grau, que descrevem o que ocorre dentro das lojas. Ainda que algum maçom negue a autoridade absoluta desse ou daquele autor maçônico, não poderá, no entanto, negar que tais escritos representam a prática e o ensino da maçonaria brasileira e mundial. A análise que faremos será à luz da Bíblia, a única regra de fé e prática dos cristãos evangélicos (2Tm 3.16,17).

O presente artigo nada mais é do que uma reflexão para saber se existe a possibilidade de uma pessoa poder conciliar ou não o cristianismo e a maçonaria. E também para saber se, ao abraçar as duas, ela está participando de duas religiões ou de uma só.

Se porventura o leitor já tiver sua própria posição a respeito do assunto, que o Senhor Deus o ajude a analisar as informações aqui descritas detalhadamente e, sobretudo, a buscar o conhecimento da vontade de Deus, por meio da orientação do Espírito Santo e da própria Bíblia. Somente assim, querido leitor, você terá condições de reavaliar sua posição e defini-la à luz da Palavra de Deus (Ef 5.17).


Um pouco sobre a maçonaria

Segundo afirmações dos próprios maçons, a maçonaria não é uma sociedade secreta. “Isso é calúnia dos adversários”, apregoam. Dizem, ainda, em alto e bom som, que a maçonaria é discreta, não secreta. Na Constituição do Grande Oriente do Brasil, art. 17, onde se especifica os deveres das lojas, sob a letra p vem a seguinte norma: “nada expor, imprimir ou publicar sobre assunto maçônico, sem expressa autorização superior da autoridade a que estiver subordinada, salvo Constituições, Regulamentos Gerais, Regimentos Particulares, Rituais, Leis, Decretos e outras publicações já aprovadas pelos Poderes competentes. Toda e qualquer publicação atentatória dos princípios estabelecidos nesta Constituição ou da unidade da Ordem sujeitará os seus autores às penalidades da Lei”.

É rigorosamente proibido aos profanos (não-maçons) tomar parte nas sessões comuns das lojas, como está relatado no art.19, parágrafo único, da Constituição: “As oficinas, sob nenhum pretexto, poderão admitir em seus trabalhos maçons irregulares; deverão identificar os visitantes pela palavra semestral”.

Com essas declarações de documentos oficiais autênticos, chegamos à conclusão de que a maçonaria é uma sociedade verdadeiramente secreta, no sentido próprio da palavra.


Qual a relação entre o cristianismo e a maçonaria?

Para ser aceito na maçonaria, o profano tem de observar alguns deveres preestabelecidos:

1. “Reconhecer como irmãos todos os maçons regulares e prestar-lhes, e também às suas viúvas, ascendentes ou descendentes necessitados, todo auxílio que puder;

2. Freqüentar assiduamente os trabalhos das oficinas; aceitar e desempenhar, com probidade e zelo, todas as funções e encargos maçônicos que lhe forem confiados, além de esforçar-se pelo bem da Ordem em geral, da pátria e da humanidade;

3. Satisfazer com pontualidade as contribuições pecuniárias que, ordinária ou extraordinariamente, lhe forem legalmente atribuídas;

4. Nada imprimir nem publicar sobre assunto maçônico, ou que envolva o nome da instituição, sem expressa autorização do Grão Mestre, salvo quando em defesa da Ordem ou de qualquer maçom injustamente atacado;

5. Ajudar e proteger seus irmãos em quaisquer circunstâncias e, com risco da própria vida, defendê-los contra as injustiças dos homens;

6. Manter sempre, tanto na vida maçônica como no mundo profano, conduta digna e honesta, praticando o bem e a tolerância, respeitando escrupulosamente os ditames da honra, da probidade e da solidariedade humana, subordinando-se com-preenssivamente às disposições legais e aos poderes maçônicos constituídos;

7. Amar os seus irmãos, mantendo bem alta a flama da solidariedade que deve unir os maçons em toda a superfície da terra”.2

Entre os deveres aqui enumerados, temos de acrescentar o que consta no art.1, parágrafo 1, letra g desta mesma Constituição onde se encontra o “requisito essencial” para os profanos, candidatos à iniciação, sem o qual não serão aceitos: “não professar ideologias contrárias aos princípios maçônicos e democráticos”. Se ele infringir essas normas, o art. 32, nº 13, confere ao Grão Mestre Geral, ou ao seu substituto legal, a atribuição de “suspender, com motivos fundamentados, para que sejam eliminados pelos Poderes competentes os maçons que professarem ideologias ou doutrinas contrárias aos princípios da Ordem e da Democracia”.

Assim, como o cristão maçom pode compartilhar suas ideologias cristãs aos companheiros de loja? No Dicionário Filosófico de Maçonaria, de Rizzardo da Camino, 33º grau, membro fundador da Academia Maçônica de Letras, encontramos a seguinte definição para cristianismo:

“A religião cristã, em si, não é adotada pela maçonaria, mas, sim, os princípios cristãos. A maçonaria é adotada em todos os países e proclama a existência de Deus sob o nome de Grande Arquiteto do Universo; não importa a religião que o maçom siga, o que importa é a crença no Absoluto, no Poder Divino, em Deus, seja qual for o nome que se lhe der, como Jeová ou Alá”.3

Como podemos ver nessa de-claração, a maçonaria não adota o cristianismo e, conseqüentemente, não aceita a existência de Jesus Cristo como o único Deus. Negar a crença no Grande Arquiteto do Universo (G.A.D.U.) é impedimento absoluto para a iniciação na maçonaria4, entretanto, é indiferente a crença em Jesus Cristo ou em Buda. Ainda que em seus rituais os maçons falem em Deus ou do Ser Supremo, ignoram a Santíssima Trindade, não mencionando uma vez sequer o santo nome de Jesus. Na verdade, os maçons jamais se dirigem a Deus mediante a Cristo. Diante disso, o verdadeiro cristão não pode aprovar semelhante abstração do cristianismo e muito menos conviver com esse tipo de coisa.

As características distintas dos deuses das diferentes religiões são outra evidência de que eles não são a mesma pessoa. Por exemplo: Brahma, o deus hindu, engloba em si o bem e o mal; Alá, o deus do islamismo, dificilmente perdoa; mas Yahweh, o Deus dos cristãos, é um Deus zeloso (Êx 34.14).

Algumas religiões são politeístas, ou seja, têm vários deuses (como a dos egípcios e a dos gregos). Outras são monoteístas (como o judaísmo e o cristianismo). Os hindus acreditam na reencarnação, sendo que no hinduísmo pode-se regredir e reencarnar em um animal. Os cristãos crêem na ressurreição: à volta do espírito no mesmo corpo. Determinadas religiões acreditam na extinção da vida, enquanto outras pregam a imortalidade da alma ao lado de Deus. Há aquelas que dizem que os homens tornam-se deuses após várias reencarnações. Outras afirmam que só existiu e sempre existirá um único Deus. Diante disso, será que o ser humano pode adorar a deuses tão diferentes (e isso simultaneamente) como se fossem um só?

O sistema maçônico, especialmente o Rito Escocês Antigo e Aceito, pode ser chamado de “deísta”, ou seja, considera a existência de um deus impessoal, destituído de atributos morais e intelectuais, confundindo-se com a natureza5. Os deístas limitam a participação de Deus à criação, como se Ele tivesse deixado o mundo para ser governado pelas leis naturais.6 Esse sistema difere do “teísmo” cristão, no qual Deus é um Deus pessoal e interfere permanentemente no destino da humanidade.

Para entendermos melhor o deísmo maçônico, vejamos a declaração de Rizzardo da Camino: “Cada religião expressa Deus, com nome diferente, como os israelitas que o denominam de ‘Jeová’; isso não importa, o que vale é sabermos que esse Grande Arquiteto do Universo é Deus”.7

Os cristãos, no entanto, não concordam com essas palavras. Não é a mesma coisa adorar o Deus verdadeiro e um bezerro de ouro, como os israelistas fizeram no deserto (Êx 32.1-10; Ne 9.6-31). O Deus da Bíblia é pessoal e único. Ele se preocupa com as pessoas e não abandonou a humanidade. Parece lógico seguir a todos os deuses, porque assim, no final, aquele que for o deus verdadeiro vai se manifestar em prol de seus seguidores. Mas o Deus das Escrituras não aceita ser comparado e muito menos igualado a outros deuses, simplesmente porque não existem outros deuses (Sl 115. 2-9). O nosso Senhor não aceita concorrência e estabelece que sejamos fiéis ao seu nome: “Assim diz o Senhor, Rei de Israel, seu Redentor, o Senhor dos Exércitos: Eu sou o primeiro, e eu sou o último, e além de mim não há Deus” (Is 44.6). “... guarda-te para que não esqueças o Senhor, que te tirou da terra do Egito, da casa da servidão. O Senhor teu Deus temerás, a Ele servirás, e pelo seu nome jurarás. Não seguirás outros deuses, nenhum dos deuses dos povos que houver à roda de ti” (Dt 6.12-14).

O indiferentismo perante Cristo é impossível: “Quem não é comigo é contra mim” (Mt 12.30), disse Jesus. Mas o verdadeiro maçom, em virtude dos “princípios estabelecidos” pela maçonaria, não pode estar com Cristo seguindo todos os seus ensinamentos e obedecer a todos os mandamentos maçons. Não é possível ser maçom verdadeiro e regular e, ao mesmo tempo, cristão autêntico e convicto.


A maçonaria é uma religião?

O primeiro e principal dever de cada loja maçônica, de acordo com a determinação do art.17, letra a, da Constituição do Grande Oriente do Brasil, é este: “observar cuidadosamente tudo quanto diz respeito ao espírito e à forma da instituição, cumprindo e fazendo cumprir a Constituição, as leis e as decisões dos Altos Corpos da Ordem”.

Antes de qualquer coisa, vamos analisar o que é religião. No Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa, temos a seguinte definição: “culto prestado a uma divindade...”. Essa definição encaixa-se perfeitamente bem com as palavras de Rizzardo da Camino, 33º grau maçônico, autor de mais de quarenta livros: “O maçom, dentro do templo maçônico, através da liturgia, cultua o grande arquiteto do universo”8. Com isso fica provado que o que acontece dentro da loja maçônica nada mais é do que um culto de adoração a uma divindade, ao Grande Arquiteto do Universo (G.A.D.U.).

Existe um sistema de adoração dentro das lojas, conforme as palavras do maçom Carl H. Claudy: “As lojas da maçonaria são construídas para Deus. Simbolicamente, ‘construir para Deus’ significa edificar algo em honra, adoração e reverência a Ele. Mal o neófito entra no Portão Ocidental recebe a impressão de que a maçonaria adora a Deus”.9 Vejamos ainda o que diz o importante autor maçônico Henry Wilson Coil, em sua Enciclopédia Maçônica: “A ma-çonaria certamente exige a crença na existência de um Ser Supremo, a quem o homem tem de prestar contas e de quem depende. O que a igreja pode acrescentar a isso, exceto levar o indivíduo à comunhão com aqueles que tenham os mesmos sentimentos?... É exatamente isso que a Loja faz”.10

Como a maçonaria exige a crença no Grande Arquiteto do Universo e na imortalidade da alma para que o candidato se torne maçom, isto se torna uma grande evidência de que essa entidade é religiosa e possui um credo ou uma doutrina. Na cerimônia de admissão e a cada passagem de grau são feitos juramentos que nada mais são do que promessas ou profissões de fé no Grande Arquiteto do Universo e na fraternidade maçônica.

Diante de tudo o que vimos, como fica então? Podemos chamar a loja de templo, mas não de igreja? De fraternidade, mas não de religião? As invocações lá realizadas não são adorações? As liturgias não são cultos? A iniciação não é um tipo de batismo?

Será que as pessoas que insistem em negar a religiosidade da maçonaria não estão com as mentes fechadas? Ou será que escondem que a maçonaria é uma religião para que possam infiltrar-se nas igrejas? Uma coisa é certa: o cristão maçom pode negar que freqüenta duas religiões ao mesmo tempo, mas a sua declaração não muda os fatos.


Os praticantes da maçonaria


Sabemos que a maçonaria aceita qualquer pessoa, independente de seu credo religioso. A loja recebe muçulmanos, espíritas, budistas, entre outros, como membros. E também satanistas, magos e bruxos, inclusive nos mais altos graus. Nomes como Aleister Crowley, Albert Pike, Lynn F. Perkins (fundador da Nova Era), Jorge Adoum (Mago Jefa), Charles W. Leadbeater e o mágico Manly P. Hall11 constam de sua lista de participantes.

William Schnoebelen conta que era bruxo quando foi admitido na maçonaria. Para ele, o G.A.D.U. era o próprio Lúcifer (o diabo). Com o tempo, ele descobriu outros satanistas que também faziam parte do grupo12. Parece difícil conciliar cristãos e satanistas sob o mesmo teto, mas isso realmente acontece na maçonaria. Albert Pike, um dos grandes líderes maçons, escreveu que Lúcifer é deus e “portador da luz” e que a maçonaria deve seguir a doutrina luciferiana:

“A religião maçônica deve ser, por todos nós iniciados do alto grau, mantida na pureza da doutrina luciferiana. Se Lúcifer não fosse deus, será que Adonai, cujas ações provam sua crueldade, perfídia e ódio pelos homens, barbarismo e repulsa pela ciência, e seus sacerdotes o caluniariam? Sim, Lúcifer é deus, e infelizmente Adonai também é deus. Pois a lei eterna é que não há branco sem o preto, pois o absoluto só pode existir como dois deuses: as trevas são necessárias como moldura para a luz, assim como o pedestal é necessário para o que é imponente... Desta forma, a doutrina do satanismo é uma heresia; a religião filosófica pura e verdadeira é a crença em Lúcifer, o equivalente de Adonai; mas Lúcifer, deus da luz e deus do bem, está batalhando pela humanidade contra Adonai, o deus das trevas e do mal”.13

No hebraico, o termo Adonai significa literalmente “Senhor” ou “Mestre”. É sinônimo de Yahweh (transcrito como “Senhor” na Bíblia de Almeida) e Elohim (traduzido “Deus”, ou seja, o nosso Deus). Albert Pike diz, absurdamente, que o nosso Deus é o deus das trevas, que odeia os homens! Que contraste com a revelação bíblica, que afirma: “Há muito que o Senhor me apareceu, dizendo: Porquanto com amor eterno te amei, por isso com benignidade te atraí” (Jr 31.3). E ainda: “Nisto está o amor, não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou a nós, e enviou seu Filho para propiciação pelos nossos pecados” (1Jo 4.10).

A maçonaria não aceita, e nem poderia aceitar, o cristianismo, porque é impossível conciliar cristianismo e satanismo. O Deus que para nós é o Deus do bem, para o líder maçom é o deus do mal. Será que o cristão pode submeter-se a isso: adorar o Grande Arquiteto do Universo (G.A.D.U.), que na maçonaria pode ser o próprio diabo?


O valor da Bíblia


Na Enciclopédia Maçônica de Coil, lemos o seguinte: “A opinião maçônica prevalecente é a de que a Bíblia é apenas um símbolo da Vontade, Lei ou Revelação Divina, e não que o seu conteúdo seja a Lei Divina, inspirada ou revelada. Até hoje, nenhuma autoridade tem mantido que um maçom deve acreditar na Bíblia ou em qualquer parte dela”14. Para a maçonaria, a Bíblia é “uma das três grandes luzes emblemáticas”, sendo colocada no mesmo patamar dos seus símbolos (esquadro e compasso). Mesmo que Coil não negasse o conteúdo divino da Palavra de Deus, esta atitude comparativa já seria suficiente para demonstrar que a Bíblia não é mais importante do que os símbolos maçônicos. Além disso, segundo a doutrina maçônica, ela pode ser substituída por qualquer outro livro de religião fluente no país. Nos países islâmicos, por exemplo, usa-se o Alcorão, em Israel, a Torá etc. Alguns maçons dizem que a Bíblia é um “livro sagrado” para a loja, mas se ela pode ser substituída por outros livros, então não é sagrada, já que um objeto sagrado é insubstituível.

Oliver Day Street, outro erudito da loja, chega a dizer o seguinte: “Nenhuma loja entre nós deve ser aberta sem sua presença (da Bíblia). Mesmo assim, ela não é mais do que um símbolo... Não há nada de sagrado ou santo no mero livro. É só papel comum... Qualquer outro livro com o mesmo significado serviria...”.15 Outro maçom, J.W. Acker, afasta qualquer semelhança entre a maçonaria e o cristianismo bíblico ao declarar: “Os judeus, os chineses, os turcos, cada um rejeita ou o Antigo ou o Novo Testamento, ou ambos, e ainda assim não vemos nenhuma boa razão por que não se devam tornar maçons. Na verdade, a Maçonaria da Loja Azul nada tem a ver com a Bíblia. Não se fundamenta na Bíblia. Se assim fosse, não seria Maçonaria”.16

Se para os maçons a Bíblia é apenas um enfeite ou uma parte da mobília da loja17, a opinião dos cristãos é diferente, pois, de acordo com o apóstolo Pedro, “... nenhuma profecia da Escritura é de particular interpretação. Porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo” (2 Pe 1.20,21).


A Bíblia é a revelação de Deus aos homens!

Uma questão de escolha


Ser religioso não significa apenas freqüentar um local para prestar culto. É muito mais que isso. Ser religioso é seguir fielmente a doutrina que professa. Se a pessoa crê em Cristo, deve ser de Cristo. Se acredita no Alcorão, deve ser islâmica. Não importa se o caminho que escolheu é certo ou errado. Deve ser firme, convicta. Lembremo-nos do que Cristo disse em Mateus 12.30: “Quem não é por mim, é contra mim; e quem comigo não ajunta, espalha”.

Muitos maçons se dizem religiosos porque são líderes em suas Igrejas e ajudam os pobres. Publicamente louvam a Deus, mas no ambiente maçônico ajoelham-se diante do pentagrama e adoram os símbolos dos deuses do Egito e do pecado.

É uma pena que, apesar da controvérsia sobre o assunto, muitos cristãos ainda insistam em ser maçons, demonstrando que não são capazes de abdicar de seus interesses pessoais ou de uma série de interesses em prol da obra do Senhor Jesus. Ao invés de buscarem a união na Igreja, insistem em ser causa de divisão (Ef 4.3). Muitos demonstram e chegam a declarar abertamente que, se for preciso escolherem entre a loja e a Igreja, preferem permanecer na loja. É mesmo o fim dos tempos. Quantos estão apostatando da fé. Suas mentes estão cauterizadas (1Tm 4.1,2; Hb 3.12-19; 2Tm 4.3,4).

A verdade é que os maçons têm a maçonaria como uma religião, isto é, defendem-na como uma religião, freqüentam-na como uma religião. Muitos chegam a dizer que encontraram nessa entidade “paz” e “comunhão” que não encontraram na Igreja!18 Mas será que o mundo pode oferecer paz semelhante à que Cristo dá? O que Jesus diz em João 14.27?

A Palavra de Deus afirma que aquele que não concorda com as sãs palavras de Cristo é causador de questões e contendas (1Tm 6.3-5). Se a maçonaria se torna, cada vez mais, motivo de confusão e controvérsia entre os irmãos cristãos, por que insistir nessa dissensão? “Porque Deus não é de confusão; e, sim, de paz” (1Co 14.33). Dissensões e facções são obras da carne (Gl 5.19-21). O cristão que abraça a maçonaria escandaliza outros irmãos e coloca dúvidas nos recém-convertidos, que se confundem com opiniões divergentes dentro da Igreja.

O cristão maçom não leva apenas problemas para a Igreja, mas também para a sua casa. Ao chegar da loja, não pode contar nada do que aconteceu lá. É uma situação difícil para o lar cristão: o marido escondendo coisas da mulher. A esposa é aquela para quem ele jurou fidelidade e lealdade. É a sua companheira até que a morte os separe que não pode saber o que ele está fazendo fora de casa. Além da esposa, os filhos e outros familiares passam a viver em um ambiente de mistério e segredos. E isso não agrada o nosso Deus, que quer que sejamos sinceros e falemos sempre a verdade.

Os enigmas de Sansão trouxeram sérios problemas para a sua vida familiar (Jz 14.10-14). Não podemos nos esquecer disso!


GRAUS DO RITO ESCOCÊS

LOJA OU GRAUS SIMBÓLICOS

1. Aprediz
2. Companheiro
3. Mestre

GRAUS CAPITULARES

4. Mestre Secreto
5. Mestre Perfeito
6. Secretário Íntimo
7. Chefe e Juiz
8. Superintendente do Edifício
9. Mestre Eleito dos Nove
10. Ilustre Eleito dos Quinze
11. Sublime Mestre Eleito
12. Grande Mestre Arquiteto
13. Mestre do Arco Real de Salomão
14. Grande Eleito Maçon
15. Cavaleiro do Oriente ou da Espada
16. Príncipe de Jerusalém
17. Cavaleiro do Leste e Oeste
18. Cavaleiro da Ordem Rosa Cruz

GRAUS FILOSÓFICOS

19. Grande pontífice
20. Grande Ad-Vitam
21. Patriarca Noachita ou Prussiano
22. Cavaleiro do Machado Real
23. Chefe do Tabernáculo
24. Príncipe do Tabernáculo
25. Cavaleiro da Serpente de Bronze
26. Príncipe da Misericórdia
27. Comandante do Templo
28. Cavaleiro do Sol
29. Cavaleiro de Santo André
30. Cavaleiro Cadosh

GRAUS SUPERIORES

31. Inspetor Inquisidor
32. Mestre do Segredo Real
33. Grande Soberano Inspetor Geral


SÍMBOLOS DA MAÇONARIA

ESQUADRO:
Significa a retidão, limitada por duas linhas: uma horizontal que representa a trajetória a percorrer na Terra, ou seja, o determinismo, o destino; e a outra vertical, o caminho para cima, dirigindo-se ao cosmo, ao universo, ao infinito, a Deus.

COMPASSO:
Traça círculos e, abrindo e fechando, delimita espaços. Representa o senso da medida das coisas. Significa a medida das coisas.

NÍVEL:
Representa a igualdade. Todos os homens devem ser nivelados no mesmo plano.

PRUMO:
Indica que o maçom deve ser reto no julgamento, sem se deixar dominar pelo interesse, nem pela afeição.

CINZEL:
Sugere o trabalho inteligente.Instrumento manejado pelo aprendiz com a mão esquerda. Como o cinzel é uma ferramenta que exige uma participação de outra (o malho), representa a inteligência humana, que isolada nada constrói.

PENTAGRAMA:
Representação de um homem de pé com as pernas abertas e os braços esticados: indica o ser humano e a sua necessidade de ascensão.

COLUNAS:
São três colunas no templo maçônico.Uma significa o lado masculino, a força; a outra o feminino, a beleza; a terceira, a sabedoria.

SOL:
É a fonte da vida, a positividade da existência do homem.

AVENTAL:
Usado por todos os maçons durante as sessões, o avental representa a pureza, a inocência.

ESPADA
: É o símbolo da igualdade, da justiça e da honra. Corresponde à consciência e à presença divina na construção do templo.

DELTA LUMINOSO:
Representa a presença de Deus, demonstrando a sua onisciência. É um triângulo com um olho no centro.

   obs:este documento não se enquadra na categoria secreto,mas é baseado em trechos de textos oficiais da maçonaria.alguns já publicados .A sua importâcia para o WNI9 é de esclarecimento e não de nova descoberta,afinal a maçonaria é uma seita discreta e não secreta .Se fosse secreta não saberiamos de sua existência.
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